sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meninos de Todas as Cores

Vivemos num mundo onde a diferença é uma constante. Mas a diferença não é um problema. Estamos rodeados de pessoas chinesas, espanholas, inglesas, alemãs, francesas, angolanas.... e apesar das diferenças, somos todos humanos.Desta forma, é essencial sensibilizarmos as crianças desde pequeninas de que devem respeitar quem é diferente.Apresento uma história de Luísa Ducla Soares que poderá ser utilizada como suporte de uma série de actividades relacionadas com a multiculturalidade.

MENINOS DE TODAS AS CORES


Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:

É bom ser branco
porque é branco o açúcar, tão doce
porque é branco o leite, tão saboroso
porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos são amarelos.
Arranjou uma amiga, chamada Flor de Lótus que, como todos os meninos amarelos, dizia:


É bom ser amarelo
porque é amarelo o sol
e amarelo o girassol
mais a areia amarela da praia.

O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos.
Fez-se amigo de um pequeno caçador, chamado Lumumba que, com os outros meninos pretos, dizia:

É bom ser preto
como a noite
preto como as azeitonas
preto como as estradas que nos levam a toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu, para brincar aos índios, um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:

É bom ser vermelho
da cor das fogueiras
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.

O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Bábá, que dizia:

É bom ser castanho
como a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como o chocolate.

Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:

É bom ser branco como o açúcaramarelo como o solpreto como as estradas
vermelho como as fogueiras
castanho da cor do chocolate.


Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.

Luísa Ducla Soares, Meninos de Todas as cores

domingo, 20 de maio de 2012

Figura humana


No dia da mãe e no dia do pai as crianças tiveram oportunidade de desenharem o pai e a mãe. No dia da familia as crianças desenharam a familia num coração. Falar de familia às crianças de dois/três anos parece ser um conceito pouco habitual....mas não é. Depende muito da abordagem que se faz. Quem vive lá em casa? è a tua familia! è o pai, a mãe, o mano e tu. Esta é a tua familia. Passado pouco tempo eles próprios diziam "a minha familia tem o mano David e a avó". O conceito de familia foi interiorizado de forma muito simples e entenderam facilmente este conceito - aqueles que vivem comigo e que gostam muito de mim.
À medida que iam desenhando iam dizendo o nome "este é o papá Paulo" o que mostra que conseguem identificar o que fazem e quem são cada elemento da familia.

Associar uma sombra à imagem é um exercicio simples de concentração, observação, identificação e raciocínio.
Os pinguins demonstraram que são capazes!!! Parabéns!!

O crescimento das plantas

A Primavera trouxe o florir das plantas. Para além de termos plantado a sementinha para o dia da mãe, decidimos fazer mais uma experiência que ficasse na salinha e desse oportunidade às crianças de observar o desenvolvimento de uma planta.
Contamos a história do João Pé de Feijão e plantámos um feijão. Vimos o que era importante e necessário para que uma planta pudesse crescer - água, terra, sol, cuidados - e contamos a história da sementinha que eles adoram e pedem para contar outra vez e outra vez!!!

Se lhes perguntarem o que é preciso para uma planta crescer vão ver como sabem explicar!!!

É também importante chamar a atenção da criança para a preservação da natureza e do meio ambiente. Isto de uma forma muito simples através de exemplos ou de histórias. Dizer-lhes para não estragarem as plantas, nem magoar os animais ou não deitar lixo para o chão. São ações simples e diárias que podem ser adquiridas sem qualquer custo. 


O circulo


A noção de circulo surgiu com a noção da figura humana. Começámos por desenhar a cara na forma (mais ou menos) circular e a partir daí contámos histórias sobre o circulo e o diferenciámos de outras figuras geométricas. A estrela e o coração já são noções adquiridas. O circulo permitiu-nos brincar com alguns objetos da sala, adivinhando quais objetos com a forma circular.
 A brincar e a jogar aprendemos a  crescer. É importante que no dia a dia da criança os pais brinquem com os seus filhos através de objetos do dia a dia, de casa, da rua etc. Desta forma as crianças poderão identificar o conceito em qualquer espaço.